quarta-feira, 30 de abril de 2008

3 meses no Canadá e 3 anos de casados

Muitos acontecimentos na data de hoje, 30 de abril.


  • Completamos 3 anos de casados! O primeiro aniversário de casamento no Canadá!
  • Completamos 3 meses como residentes permanentes no Canadá; (Contagem regressiva: 33 meses para dar entrada na cidadania.... hehehe!)
  • Nossa cobertura pela saúde pública (OHIP) começa hoje; A cobertura da GTA terminou ontem, sincronismo perfeito :)
  • Hoje recebemos o primeiro pagamento do governo (GST/HST credit). Nós nos inscrevemos em alguns auxílios disponíveis de acordo com a renda da família. Como eles são baseados na renda dos anos de 2006 e 2007 e nossa renda no Brasil era baixa pros padrões canadenses, então vamos receber uns bons trocadinhos até o meio do ano que vem!
  • Pela primeira vez faltou luz aqui no prédio desde que a gente chegou. Eles têm um gerador que mantém as luzes das áreas comuns parcialmente funcionando... e os elevadores também! Ainda bem, pois subir 20 andares de escada não ia ser nada agradável...

sábado, 26 de abril de 2008

Usando o seguro saúde - GTA

Hoje nossa pequena ainda não estava bem e, como a médica disse que se ela continuasse vomitando retornássemos ao hospital, pensamos... temos o seguro saúde que a empresa de Cláudio nos ofereceu, mas também temos o seguro que fizemos no Brasil, o GTA... já que pagamos por ele, por que não usar? Cláudio já tinha lido em algum outro blog que eles mandavam o médico até sua casa, e não é que o negócio funcionou exatamente assim? Ótimo, assim não retornaríamos para mofar mais uma vez na fila do hospital, e além do mais, o metrô entrou em greve hoje.

Então Cláudio ligou para a central em São Paulo e eles pegaram o nosso telefone, perguntaram em que cidade estávamos e dentro de no máximo 30 minutos um representante local entraria em contato conosco. Em torno de 10 minutos, o representante local entrou em contato perguntando o que estava acontecendo e em cerca de 1 hora chegaria um médico em nossa casa, mas antes disso o médico entraria em contato. Logo o médico ligou para pegar algumas informações, marcou o horário e foi pontual. Depois que o médico nos ligou, o representante ainda ligou novamente para confirmar se o médico já teria entrado em contato e nos desejou boa sorte. O médico quando chegou em nossa casa nossa filha adivinhou, não parava um minuto, correndo de um lado para o outro. O médico perguntou o que estava acontecendo, e aí depois dele ver a pirralha com esse comportamento, não sei nem o que pensou, mas nos orientou sobre o que estava acontecendo - provavelmente uma virose - e em que situação seria necessário retornar com ela ao hospital. O bom que agora estámos mais tranqüilos e espero não ter que retornar em breve, já que estámos começando a ver nossa filha melhorando aos pouquinhos.

Ficamos muito satisfeitos com o atendimento da GTA, o médico também foi muito bom. Pagamos apenas US$ 250,00 para nós 3 durante um período de 3 meses, já que depois disso poderemos usar gratuitamente o sistema de saúde público daqui.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Primeira experiência em um Hospital

Ontem, pela primeira vez, pisamos em um Hospital Canadense. Nossa filha estava dodói, então não tivemos outra opção a não ser ter que experimentar o sistema de saúde público do Canadá. Mas, antes de ir no Hospital, resolvemos ir numa clínica infantil (Children's After Hours Clinic, uma "Walk-in Clinic", que atende sem hora marcada), pois não queríamos esperar muito, porque realmente ela não estava bem, e quando ligamos para essa clínica nos informaram que não tinha ninguém para ser atendido ainda, já que a clínica de segunda à sexta só abre de 6:00p.m. - 9:00p.m e tinha acabado de dar 6h quando ligamos.

Primeira impressão: Quando chegamos lá Natália não estava muito bem, então comunicamos lá na recepção e logo nos mandaram para uma sala para ser atendido. E aí veio a espera, Cláudio andando de um lado para o outro e depois de um belo chá de cadeira chega uma médica para atender. Examinou Natália, falava sem muita paciência, para falar a verdade não gostei da médica. O local muito bom, muito organizado, nada a desejar, mas o atendimento não foi lá essas coisas. Essa mesma médica nos encaminhou para o Hospital, decidindo que o melhor seria Natália tomar soro já que não conseguia se alimentar. Mas antes ela queria que levasse Natália para casa e desse Pedialyte, não teve outra, mas tive que olhar para ela com uma bela cara de paisagem. Então depois ela mesma viu que não tinha condições de retornarmos para casa com nossa filha naquela situação e nos encaminhou para o Hospital. Por esta consulta, como nossos cartões de saúde ainda não estão valendo, pagamos $50.


Chegada no Hospital: achei a estrutura do hospital muito boa, mas ao mesmo tempo já estava muito aperreada pelo tempo que já tinhamos perdido esperando atendimento na clínica. Bom, então seguimos para o North York General Hospital com o encaminhamento da médica, mas ao entrar lá tinha uma placa dizendo "pare e aguarde que uma enfermeira virá fazer uma triagem", e aí ficamos mofando ali por um tempinho. E aí chega essa enfermeira depois de uns 10 minutos, eu já estava com muita raiva e Natália só vomitando, e aí seguimos para triagem. E depois de fazer essa triagem sabe o que escutamos? Voltem e sentem e aguarde chamar o nome dela, não acreditei, mas assim fizemos já que ela tinha nos dito que não ia demorar a chamarem para o atendimento. Ela deve ter nos mandado aguardar porque a sala de atendimento (chamada "Yellow Zone") estava cheia. Sabe quantas horas ficamos aguardando o atendimento lá fora? 2 horas. Isso mesmo, isso depois de Cláudio já ter voltado lá para falar com a enfermeira, e ela mandou aguardar que já iam chamar. Nesse meio tempo só não chamei o governo de santo, mas é que realmente não dá para entender, como é que eles estão precisando de médicos e dificultam tanto a validação do diploma de profissionais competentes que chegam aqui? Onde será que vai parar tudo isso? Porque não fazem como na Austrália, como Cláudio mesmo comentou: "tem o sistema público, mas para desafogar um pouco mais o sistema público o governo de lá incentiva a ter planos de saúde para Hospitais particulares". Espero que seja uma fase, pois acho que qualidade de vida é igual também a um bom atendimento de saúde.


Depois de quase 2 horas de espera: finalmente chamaram Natália, e aí entramos pensando, "ufa, agora sim". Mas estávamos enganados, pois quando entramos para o atendimento na Yellow Zone, colocamos lá a pasta com os dados de Natália e sentamos para dessa vez aguardar o atendimento. Aí se foi mais uns 30 minutos e finalmente Natália foi chamada pela médica.


O atendimento: não nos deixou nada a desejar... mais do que isso, achamos o atendimento excelente, melhor que o que encontramos nos plantões dos hospitais particulares que fomos no Brasil. A médica foi muito simpática e paciente, realmente ficamos encantados e tive que esquecer a raiva por ter esperado esse tempo todo. A entrevista foi bem detalhada, abordou desde histórico familiar até os sintomas de Natália. Foi uma residente que a atendeu inicialmente, e depois a médica veio junto com a residente. Ela prescreveu um remédio para ser dado no hospital. Depois da medicação, voltamos para casa, chegamos quase 1 hora da manhã. Mas o que importa, diante de todos os estresses, é a saúde de nossa pequena.




Já estamos com nosso cartão de saúde, mas como ele só começará a ter validade no final desse mês (que é quando completaremos 3 meses), tivemos que pagar, para posteriormente pedirmos o reembolso para o seguro que a empresa em que Cláudio trabalha ofereceu no período de carência. Detalhe: ainda não pagamos a consulta com a pediatra e nem o hospital, pois eles mandam a conta para sua casa. Nada mal, vamos aguardar a chegada dessa conta. Pelo hospital pagaremos $169 (valor para residente sem health card; o valor para turistas seria $320!). Para a médica, será algo entre $50 e $100.


Finalmente também recebi a carta para resolver o probleminha que deu no meu cartão de residente permanente. Minha foto estava fora das especificações e aí tive que tirar outra e esperar receber uma carta deles para ir até lá entregá-la. Dentro de até 4 semanas estarei recebendo meu cartão, segundo me informaram.


Mas é isso... nem todos os hospitais aqui são iguais, assim como também já concluímos que existem profissionais diferentes. Agora vamos correr atrás do nosso médico da família. Impossível acertar um bom na lista dos que estão aceitando novos pacientes, sem uma indicação. Desde quando morávamos no Brasil, sempre escolhemos nossos médicos por indicação e ainda achamos que é a melhor maneira. Como gostamos muito da pediatra, pedimos indicação a ela. Ela nos indicou alguns, com o telefone para ligarmos e vermos se aceitam novos pacientes, acrescentando que, caso não estejam aceitando, podemos dizer que fomos encaminhados por ela, o que pode funcionar.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Conhecendo um pouco mais de Toronto

Estamos a cada dia conhecendo um pouquinho mais de Toronto. Agora com a chegada da primavera, fica difícil nos segurar em casa, ainda mais quando a noite chega e o sol continua a brilhar. Descobrimos uma "piscina pública" aqui perto do nosso apartamento, ela é coberta e toda aquecida e por isso, funciona também no inverno. Em alguns horários é aberta ao público, e em determinados horários pagamos uma pequena taxa. Nessa piscina, também há aulas de natação, entre outras programações. Tem também uma piscina rasinha, para crianças. Também temos aqui pertinho uma biblioteca com um amplo espaço para crianças, aproveitamos e levamos a nossa pequena. Encontramos uma área reservada para crianças. Nesse mesmo dia fizemos a nossa carteira da biblioteca, precisamos apresentar apenas uma identidade e comprovante de endereço, até Natália fez uma carteirinha e já aproveitou para locar uma DVD :). Não deu para conhecer a biblioteca toda, só conseguimos explorar apenas 1 andar, pois a mesma possui em torno de 4 andares. Além dos livros, podemos locar CDs, DVDs, fitas VHS (só falta o vídeo rsrsrs) e fitas cassete....quem sabe andando mais um pouquinho eu encontre disco de vinil :). Tem um espaço muito amplo para acesso a internet, e quem quiser pode levar seu notebook que também tem acesso wireless. O que notamos durante quase 3 meses que estamos aqui é o grande incentivo a leitura, seja através da biblioteca ou jornal que pegamos de graça. Durante o percurso que faço todo dia até o meu curso de inglês vejo muitas pessoas lendo livros, revistas ou jornais no metrô. A biblioteca ainda fechada, mas já tem gente sentada lendo e esperando ela abrir. É muito bom ver esse incentivo pela leitura nas diversas faixas etárias, e a cada dia vejo que realmente essa é a educação que quero para Natália.


Espaço reservado para crianças
Aqui é um espaço bem legal que tem uns peixes... exatamente para eles que nossa filha estava apontando e querendo pegar

Área de acesso a internet

Também aproveitamos esse final de semana para conhecer o famoso High Park. Deu para conhecer boa parte dele nos dois dias que fomos. Tem uma imensa área verde que deve ficar muito bonita agora na primavera. Também possui playground, nem preciso dizer que Natália saiu chorando para ir embora. A cioclovia é imensa, já estamos nos preparando para comprar nossas bicicletas. Tem um pequeno zoológico, muito legal e uma piscina pública que não estava funcionando ainda porque não é aquecida.

Além disso, o parque também tem quadras de tênis, baseball, hóquei sobre patins etc... excelente pedida pra um fim de semana!

Abaixo, mais algumas fotos do nosso passeio.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Saindo sem casaco

Hoje fez 23 graus e foi o primeiro dia em que saí na rua sem casaco, jaqueta ou coisa semelhante.
A neve já se foi há algum tempo e as temperaturas sempre positivas.
Dia 19 está prevista uma máxima de 21 graus, mais quente do que no dia em que cheguei aqui 1 ano antes! :)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Mudança de escola

Finalmente conseguimos encontrar um curso de inglês do LINC com childminding mais próximo do nosso apartamento. Moramos em North York, e o meu curso era na Dundas, ou seja, 12 estações com Natália aperreando, e na estação da Bloor entrava muita gente e aí íamos bem espremidas até chegar na Dundas. A única vantagem era que para chegar até essa escola eu pegava apenas o metrô e agora nessa nova escola pego o metrô e um ônibus para chegar até a Lawrence West. Percebi uma grande diferença na estrutura das duas escolas, inclusive em relação as cuidadoras das crianças, aquele desânimo passou, agora estou vivendo outra realidade, é visível a diferença de qualidade. Ao contrário da outra escola, não preciso sair 10 ou 15 minutos antes da hora do almoço e mais 10 ou 15 antes do final da aula para pegar Natália, funciona diferente, eu só preciso ir buscar ela quando os professores liberarem, estou ganhando mais 30 minutos de aula. Não preciso levar lanche para Natália, porque nesse nova escola também tem. Natália está se dando muito bem agora, até para dormir é escutando uma música de fundo... está ficando mal acostumada :). A minha professora desse curso também é muito boa. Na minha sala tem cinco computadores, cada aluno tem uma pasta e nela anotamos como foi o dia após as aulas. Hoje recebi um livro do curso, não consegui a acreditar que aquele livro era meu, tive que perguntar novamente se realmente eu podia levar para casa e responder as questões nele.... rsrsrs. No outro curso eu recebia o livro, mas apenas para acompanhar as aulas, nada de riscar ou levar para casa. Na minha turma atual a maioria fala espanhol, ao contrário da outra que a maioria era chinês, e eu sou a única que falo português, mas acho isso bom, só assim não fico tentada para falar português. Não consigo acreditar quando pergunto a essas pessoas, há quanto tempo estão no Canadá e a resposta é 2, 3, 5, 6, 10 anos... Enfim, adorei a mudança, acho que a estrutura da escola é de acordo com a localização da mesma, ainda bem que não me conformei e corri atrás para mudar.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Lá vem a primavera

Parece que, finalmente, a primavera vem chegando em Toronto. Ultimamente estamos experimentando temperaturas positivas de 2 dígitos, chegando a 15 graus. Praticamente já não se tem mínimas negativas e a neve vem derretendo rapidamente. Já não deve mais nevar pelos próximos 7 a 8 meses, e a tendência de agora em diante é ir esquentando.... viva!
Hora de renovar o guarda-roupa; o pessoal já está guardando os casacões de inverno no armário.