Earth Hour: É hoje!

Hoje é o dia da Earth Hour. É uma campanha da WWF para que todos apaguem as luzes e desliguem os aparelhos eletrônicos durante 1 hora, das 8 às 9 da noite. Essa campanha começou ano passado em Sydney, Austrália, e em 2008 tornou-se mundial, com centenas de cidades aderindo, inclusive Toronto. Vez por outra recebíamos alguma coisa dessas pela Internet no Brasil, mas ninguém dava bola e nunca foi pra frente. Mas aqui o negócio é sério, muitos cartazes pela cidade, avisos em vários lugares e divulgação pela TV. Até o aeroporto de Toronto vai apagar as luzes e reduzir a temperatura do aquecimento. Ficarão ligados, logicamente, as lâmpadas das pistas de pouso e equipamentos do aeroporto.

Também vamos participar e, pra garantir que nada será ligado entre 8 e 9, vamos sair de casa.... nem que seja só pra fazer a feira :)

Final de semana em Niagara

Aproveitamos o final de semana para conhecer Niagara. Na sexta-feira (21/03) saímos para conhecer a Clifton Hill, é uma rua que tem diversas opções de lazer, um dos pontos turísticos que não podíamos deixar de conhecer. Mas nesse dia não deu para chegar até lá, primeiro descemos muito antes dessa rua e tudo fechou um pouco mais cedo por causa do feriado, então olhamos um pouco a beleza das cataratas e resolvemos retornar ao hotel. Ao chegar no hotel (Fallsview Plaza Hotel) resolvemos fazer a nossa programação para o dia seguinte, afinal só tínhamos o sábado e a manhã do domingo. Então no sábado (22/03), aniversário de meu maridão, aproveitamos bastante. Logo cedo fomos garantir nossos ingressos para o Fallsview Indoor Waterpark e retornamos para ver as duas quedas de água das cataratas do Niagara, com direito a muitas fotos :).



Ainda um pouco congeladas, mas deu para aproveitar bem e ver as duas quedas de água....mesmo assim no verão pretendemos retornar lá para conhecer mais um pouco outros pontos turísticos e ver a beleza das cataratas no verão.

Aqui é a Rainbow Bridge, ela faz fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá. Deu para ver Buffalo nos EUA, só não deu para ir lá, afinal não tenho o visto.


Precisava ver um pouco mais de perto... 1 dólar e aproveitei essa visão linda por dois minutos. Valeu a pena cada segundo. Finalmente fomos conhecer a famosa Clifton Hill, tivemos que balancear nossa programação pensando em Natália, então teve lugares realmente não seria possível conhecer com Natália, e outros lugares o tempo não deixou. Selecionamos quatro lugares e compramos um pacote.

Primeiro fomos na Fun House para Natália se divertir um pouco... é um lugar mais para crianças, se bem que eu e Cláudio aproveitamos também....hahaha.

Entrada da Fun House

Essa foto foi dentro da Fun House...deixou Natália com um cabeção, mas faz parte da diversão, ela adorou se ver assim :)

E eu e Cláudio viramos anões...

Depois seguimos para Bronto's Playland e a diversão foi garantida para Natália que adora piscina de bolinhas, escorregos. Em seguida fomos para o Guinness World Records Museum, diversão garantida para nós três...


Cláudio em comparação ao homem mais gordo do mundo...falta muito para bater o recorde...:)

Natália em comparação a mulher mais baixa do mundo. Ah, essa bola tem uma história... Natália ganhou na entrada do Guinness Museum e gostava de ficar batendo nas coisas com ela. Em dado momento, estávamos numa seção chamada "Blast Area" (algo como "área de explosão"), onde você espiava através de um muro a maior implosão de prédio do mundo. Enquanto olhávamos outras coisas próximas, o balão dela estourou, assustando inclusive algumas pessoas ali que, quando perceberam o que tinha acontecido, caíram na risada, e uma delas comentou: "This is really the Blast Area!". E por último fomos na Brick City, uma cidade toda feita de bloquinhos de Lego, reproduzindo lugares famosos... muito bom também, Natália não parava de apertar os botões, girava a hélice de um avião, depois apertava o botão para a Estátua da Liberdade girar.

Estátua da liberdade

Golden Gate Bridge

CN Tower

Niagara Falls

E finalmente seguimos para o Fallsview Indoor Waterpark, é um parque aquático aquecido, Natália se divertiu bastante. Só não gosto desses biquinis horrorosos daqui, o pior que se usar um brasileiro todo mundo vai ficar olhando, eu não quis arriscar. Os homens no geral usam um short, achei que tinha voltado para os anos 60. Tem uma piscina que fica fora (lugar não aquecido), não acreditei quando vi, Cláudio arriscou sair e experimentar, disse que a água é morna e não sentiu frio. Depois retornamos ao hotel para tentar acordar cedo e visitar a Skylon Tower. Então no dia seguinte fizemos nosso check out e fomos para a Skylon Tower ter uma visão lá de cima das cataratas, fiquei encantada.

Skylon Tower

Vista das cataratas de cima da Skylon Tower

Retornamos para Toronto de trem, a viagem foi muito confortável, gostamos mais até do que viajar de avião.

Cartão de saúde - OHIP

Dia 12 de março, fomos ao escritório do OHIP pela segunda vez (na primeira, demos viagem perdida por falta de um comprovante de endereço original - levamos o que tínhamos, uma xerox do contrato de aluguel) para dar entrada no cartão de saúde.
Para isso, você tem que levar 3 documentos a um escritório do OHIP. Um documento que comprove seu status no Canadá (levamos a carta de Confirmation of Permanent Residence), um documento de identificação com foto (levamos os passaportes) e um comprovante de endereço que mostre que você mora em Ontário. Por conta desse último, quase que damos outra viagem perdida (nesse caso, Elaine). Apesar de sermos casados e termos dito que moramos juntos, isso não é suficiente para tirar o cartão. Foi preciso que todos mostrassem um documento com seu próprio nome, indicando o endereço (menos Natália, obviamente). Inicialmente, apresentei um extrato bancário, mas que continha apenas meu nome. Por sorte, estava com a apólice do seguro residencial do apartamento, na qual também constava o nome de Elaine, e a atendente pôde registrá-la também. A foto para o cartão é tirada lá, na hora, por eles.
Veja a lista de documentos aceitos para dar entrada no cartão de saúde em Ontário.
O próximo passo será encontrar um médico da família que esteja aceitando novos pacientes. Apesar de termos ficados de certa forma satisfeitos com o atendimento do Dr Jesin, não necessariamente nos tornaremos pacientes dele.
Conhecemos o site que lista os médicos que aceitam novos pacientes mas aceitamos indicações ;)

Inauguração do sistema de saúde do Canadá

"Usamos" pela primeira vez o sistema de saúde do Canadá. Levamos Natália para tomar a vacina programada para esse mês (Hepatite A), segundo o calendário brasileiro de vacinas.
Aqui, não basta chegar na clínica e pedir para aplicar a vacina. Tem que marcar uma consulta com um médico da família, que irá avaliar a necessidade e aplicar a vacina. Marcamos a consulta com o Dr Edward Jesin, que atende numa clínica no North York Centre, perto de onde moramos. Poderíamos ter marcado para o dia seguinte, mas por incompatibilidade de horários (Elaine teria que perder mais uma aula no curso de inglês), decidimos deixar para a terça-feira seguinte (11 de março) às 5 da tarde.
Chegamos lá às 5 em ponto, preenchemos uma ficha de registro para Natália e aguardamos alguns minutos pela consulta. Chegando lá, o médico explicou que no Canadá, essa vacina não está no calendário e ele não a tinha para aplicar lá. Pedi então que transcrevesse as vacinas do cartão brasileiro dela para o cartãozinho amarelo usado aqui (perdemos o formulário em inglês fornecido pelo Consulado e preenchido pela pediatra dela, mas enfim, os nomes das vacinas em inglês e português são praticamente iguais). Ajudei-o com algumas datas quase ilegíveis (de vacinas dadas num posto do SUS) e rapidamente ele preencheu o cartão. Revisando as vacinas tomadas por ela, ele indicou que, seguindo o calendário do Canadá, estaria na hora de ela tomar a segunda dose da MMR (no Canadá, é dada aos 12 e 18 meses; no Brasil, a primeira dose é aos 12 meses e a segunda, entre 4 e 6 anos de idade), e assim foi feito.
O atendimento foi rápido, o médico bastante objetivo e sem muito blá-blá-blá. De forma geral, saímos de lá satisfeitos. Muita gente reclama que os médicos daqui são frios e etc, mas como bem lembrou Elaine, é melhor do que o que acontece no Brasil, onde os pacientes se sentem muito íntimos do médico e passam um século na consulta conversando bobagens, atrasando todos os outros atendimentos.
Ah, como ainda não estamos cobertos pelo OHIP (o sistema público de saúde de Ontario), pagamos 40 dólares pela consulta e vacina.

Um pouquinho do Brasil no Canadá

Nesse domingo, após a grande tempestade de neve, saímos com Jeanne e Pedro do "As Invasões Bárbaras" para bater um papinho e nos conhecermos melhor, afinal, moramos no mesmo prédio e nos inspiramos um pouco nos passos que eles seguiram para traçarmos o nosso caminho (a escolha do Cromwell para nos hospedarmos no primeiro mês foi baseada no relato deles e de Dani e Rafa, por exemplo).
Fomos para um restaurante brasileiro, o Rio 40 graus. Atendimento em português, TV Globo passando nos telões e uma deliciosa picanha no prato... será que estamos no Canadá mesmo?
Lá acabamos conhecendo em pessoa também o Gean do Vou pro Canadá (leitura obrigatória!).
Enfim, o pessoal é muito legal e foi ótimo conhecê-los. Novos amigos!

O pior inverno dos últimos 13 anos?

Antes de virmos para o Canadá, ouvimos muito falar que esse seria um inverno muito rigoroso, e que seria o pior inverno dos últimos 13 anos (ou algo assim). E parece que está sendo mesmo! Sábado caiu uma tempestade de neve (mais uma), a pior que pegamos desde que chegamos aqui. Passou o dia inteiro nevando forte e caíram cerca de 30 cm de neve aqui em Toronto. Parece que a cidade está a cerca de 8 cm de bater o recorde de quantidade de neve de todos os tempos!
O lado bom é que estamos nos saindo muito bem; pensei que seria pior. Portanto, quando vierem os próximos invernos, "normais", para nós será um refresco.
Mas que venha a primavera!

Atualização com os acontecimentos dos últimos dias

Finalmente parando para atualizar um pouco o blog!
Muita coisa aconteceu nessas 3 semanas. Vou tentar elencá-las:

- SIN Card: Eu e Elaine já fizemos nosso SIN. Eu logo que cheguei, pois já vinha empregado, e Elaine alguns dias depois. O atendimento no posto em que fomos foi super rápido, nenhuma fila, bem eficiente. Você recebe o número do SIN na hora e o cartão segue para seu endereço em cerca de 1 semana;

- PR Card: Já chegaram o meu cartão de residente permanente e o de Natália. Só não chegou o de Elaine. Ligamos para o atendimento do CIC e fomos informados de que houve um problema com a foto dela e devemos esperar por um contato do escritório local com instruções (parece que o processo continua sendo "COM EMOÇÃO" para ela). Vamos aguardar mais alguns dias e se nada acontecer, tornamos a ligar.

- Contas em banco: já abertas. Escolhemos o RBC por ter uma agência dentro do prédio onde trabalho, então fica fácil resolver qualquer pendência sem perder tempo com deslocamentos. Burocracia zero, pedem apenas 2 documentos que contenham sua assinatura (sendo que um deve conter sua foto). Usamos o passaporte e um cartão de crédito. Depositei os travellers cheques remanescentes sem taxa.

- Mudança: Já mobiliamos todo o apartamento e nos mudamos em definitivo no dia primeiro de março. Foi praticamente todo mobiliado na IKEA. Aliás, temos mais uma história interessante: Ao terminar de montar a cômoda, Elaine quebrou uma das peças quando estávamos colocando-a no lugar que queríamos. Ficamos muito preocupados, "será que eles vendem essa peça avulsa?". Levei a peça quebrada, o manual e a nota fiscal na loja perguntando se eles vendem apenas a peça para reposição. A moça apenas perguntou como quebrou (e eu falei a verdade... NÓS quebramos acidentalmente quando movemos a cômoda), levou a peça quebrada para dentro e trouxe outra nova, sem cobrar NADA.

- Curso de inglês: Elaine começou rapidamente o curso de inglês do governo. Fez o teste de nivelamento no sábado dia 9 de fevereiro e na terça dia 12 já começou a ir para as aulas. Natália fica na creche ("childminding") do curso enquanto ela está na aula. Tudo de graça! Aqui tivemos nossa primeira (talvez única, até agora) decepção no Canadá. A estrutura da creche é ótima, limpa, organizada, com muitos brinquedos, mas as "tias" que cuidam das crianças parecem que estão ali só por obrigação e que não gostam lá muito de crianças. São meio grosseiras, brutas, sem paciência com elas... infelizmente não conseguimos outra escola com childminding. A mais próxima do nosso novo apartamento tem uma fila de espera imensa (sinal de que deve ser boa, mas não podemos passar meses esperando), e outras pesquisadas não recebem crianças na idade de Natália, só mais velhas (2 anos e meio, por exemplo). Felizmente Natália já está mais acostumada com a creche e já praticamente não chora pra ficar lá; às vezes acontece de nem querer voltar pra casa! Então nos despreocupamos um pouco nesse ponto... apenas mantemos os olhos bem abertos para que não aconteça nada de errado. Quanto ao curso em si, Elaine está bastante satisfeita e o inglês dela está melhorando visivelmente. São bastante rigorosos com relação a faltas, o que está certíssimo.